Agora, para acabar com essa falta de posts, um post bem feito para vcs desfrutarem ! Aproveitem (:
Se não fosse por ele, não teríamos o estilo musical que costuma se chamar de Rock n` Roll e o Nem Tudo Soa Igual sequer existiria. Mas CHUCK BERRY está aí. Ajudou a criar a mistura certa de Blues e Country que deu origem ao Rock e mais uma vez passou por São Paulo nesse mês de agosto.
CHUCK BERRY já participou de coral de igreja na infância, foi preso por furto na adolescência, trabalhou com automóveis e quase se tornou cabeleireiro profissional. Mas tudo isso ficou pra trás quando pegou uma guitarra na mão e resolveu mudar a história da música para sempre, sendo apelidado de “pai do Rock”.
Pelos serviços prestados, já poderia estar curtindo a merecida aposentadoria, mas continua firme na ativa. Para ganhar uns trocados? Sem dúvida, mas quem não gosta de ser remunerado por seu trabalho, ainda mais quando esse trabalho é reconhecido, respeitado e reverenciado por muita gente boa e famosa da música – ELVIS PRESLEY, BEATLES, Rolling Stones, ERIC CLAPTON, entre outros, são alguns exemplos de músicos influenciados pelas composições do “pai do Rock”.
Com a Via Funchal praticamente lotada (público sentado), viu-se facilmente a alegria dos fãs ali presentes em ver mais uma vez a apresentação de CHUCK BERRY, um senhor que está prestes a completar 83 anos agora em outubro. De senhores de terno vindos direto do trabalho a roqueiros com camisetas do Motorhead, a diversidade do público provou que CHUCK BERRY atinge todas as gerações e tem o reconhecimento de todo e qualquer fã de Rock ou Metal.
O show começou às 22:00hs, quando CHUCK apareceu no palco para começar a “passear” por clássicos imortalizados que fizeram, fazem e sempre farão muito sucesso. É verdade que o guitarrista não é mais o mesmo (a idade chega para todos) e executa suas músicas de forma mais lenta, num ritmo mais cadenciado e sem a agilidade de outrora, mas ninguém (nem eu) ousaria criticar uma apresentação dessa lenda viva do Rock.
CHUCK BERRY continua a se apresentar com seu quepe de marinheiro e mantém o bom humor durante todo o show, sempre brincando com o público. Dessa vez, veio acompanhado de seu filho Charles Jr (guitarra), James “Jim” Marsala (baixo), Robert “Bob” Lohr (teclado) e do baterista brasileiro “emprestado” para o show, Samuel Correa.
Em exatos 55 minutos de show, CHUCK, de forma improvisada e como se estivesse tocando em um pequeno bar nos anos 50, apresentou músicas como “Roll Over Beethoven”, que abriu o show, “Carol”, “Maybelline”, “Memphis Tennessee” e “My Ding A Ling”, esta última com o refrão acompanhado por todos os presentes. Em algumas oportunidades dirigiu-se à platéia perguntando se alguém havia gritado o nome da canção que viria a seguir e assim tocou o sucesso “Sweet Little Sixteen” e a mais esperada e ovacionada da noite: a música “Johnny B. Goode”. O riff inicial dessa música, um dos mais conhecidos e famosos da história do Rock, começou a ser executado em sua guitarra Gibson, mas logo CHUCK trocou de instrumento e prosseguiu a música inteira com a guitarra Fender de seu filho. Aproveitou inclusive para fazer seu “Duck Walk”, o passo do pato como é conhecido por aqui.
No fim, convidou uma dezena de garotas para subir no palco e dançar com ele, perguntando se todos estavam felizes naquela noite. E assim saiu do palco, fazendo o que melhor sabe fazer: tocar guitarra. Sem o esperado bis, CHUCK deixou as garotas dançando no palco (até uns marmanjos também foram convidados a subir depois) e saiu empunhando sua guitarra, tocando até que as luzes da Via Funchal se acendessem, poucos minutos antes das 23hs.
CHUCK BERRY veio ao Brasil em 2008 e voltou nesse ano de 2009, mas como sempre fica a dúvida de quando o velho mestre irá “pendurar as chuteiras” (ou seria “pendurar as guitarras?”), o público aproveitou mais esse show na Via Funchal, com a tranqüilidade de já ter podido ver esse ícone ao vivo ao menos uma vez.
Longa vida ao “pai do Rock n` Roll”, para que ele continue a emocionar e brilhar em muitos palcos pelo mundo. “Go, CHUCK, Go!”
E para Finalizar com chave de ouro... Vamos deixar uma frase de Jhon Lennon...
Como John Lennon definiu certa vez: “Se você tentasse dar outro nome ao rock'n'roll, poderia chamá-lo de Chuck Berry”.
Agradecimentos à assessora de imprensa da Via Funchal, Miriam Martinez, pela cordialidade e simpatia. Fotos gentilmente cedidas por Stephan Solon/Via Funchal.
Fonte: Whiplash
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